Visitar a rua dos Mártires da Liberdade, e conhecer o
importantíssimo significado histórico desta expressão, devia ser, actualmente,
uma obrigação. Mas como é de restaurantes que tenho que falar, paciência. E no
presente caso, é preciso alguma.
Situado na baixa do Porto, o Noa é um restaurante de tapas e bar. O acesso não é fácil já que a
porta está fechada e ao toque da campainha não respondem propriamente com
celeridade. Vermelho, dourado e branco são as cores principais de um universo
que querem afirmar como “feminino”. Uma montra, logo à entrada, transformou-se
num espaço simpático que poderia ser para fumadores mas, infelizmente, não é. A
música ambiente é desadequada e perturba.
Na mesa encontro azeitonas, paté de atum, pão e tostas. A
carta de vinhos é curta, mazinha e, pior, cara. No menu para além de Sushi e
outras poucas coisas oferecem 18 qualidades de tapas. Escolho as Gambas Thai
fritas com molho agridoce, enjoativas porque híper-gordurosas (€ 5,50), as batatas
bravas (às rodelas com molho agridoce picante – uma decepção já que nada têm
nada a ver com as espanholas - € 3.50) e um vulgar queijo camembert panado com
doce de chila, de abóbora e pimenta vermelha (€ 5,50). As tapas, que se querem
rápidas, demoram imenso. Para sobremesa as opções são tão curtas e pouco
atractivas que prefiro decliná-las.
Em síntese: os nossos santos não se cruzaram.
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Noa ä
Rua Mártires da Liberdade, 108 / 112 – Porto ä
Contacto: 919 181 545 ä 12h-15h e 19h-24h (2.ª a 4.ª) e 19h30-02h00 (5.ª a Sáb. - encerra Domingo) ä
Preço médio: 20 € ä
Nota: 55%