03 maio 2012

Tapa mas não cobre


Visitar a rua dos Mártires da Liberdade, e conhecer o importantíssimo significado histórico desta expressão, devia ser, actualmente, uma obrigação. Mas como é de restaurantes que tenho que falar, paciência. E no presente caso, é preciso alguma.

Situado na baixa do Porto, o Noa é um restaurante de tapas e bar. O acesso não é fácil já que a porta está fechada e ao toque da campainha não respondem propriamente com celeridade. Vermelho, dourado e branco são as cores principais de um universo que querem afirmar como “feminino”. Uma montra, logo à entrada, transformou-se num espaço simpático que poderia ser para fumadores mas, infelizmente, não é. A música ambiente é desadequada e perturba.

Na mesa encontro azeitonas, paté de atum, pão e tostas. A carta de vinhos é curta, mazinha e, pior, cara. No menu para além de Sushi e outras poucas coisas oferecem 18 qualidades de tapas. Escolho as Gambas Thai fritas com molho agridoce, enjoativas porque híper-gordurosas (€ 5,50), as batatas bravas (às rodelas com molho agridoce picante – uma decepção já que nada têm nada a ver com as espanholas - € 3.50) e um vulgar queijo camembert panado com doce de chila, de abóbora e pimenta vermelha (€ 5,50). As tapas, que se querem rápidas, demoram imenso. Para sobremesa as opções são tão curtas e pouco atractivas que prefiro decliná-las.

Em síntese: os nossos santos não se cruzaram.

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Noa ä Rua Mártires da Liberdade, 108 / 112 – Porto ä Contacto: 919 181 545 ä 12h-15h e 19h-24h (2.ª a 4.ª) e 19h30-02h00 (5.ª a Sáb. - encerra Domingo) ä Preço médio: 20 ä Nota: 55%