29 março 2012

Vamos prà piscina

Definitivamente, não chove. Rendido a esta apocalíptica condição atmosférica, resolvo avançar uma estação. Estamos portanto no Verão. Sendo assim, nada como refeições em locais estivais, olhos postos no mar, aromas de bronzeador e iodo, feromonas ao rubro e o dolce fare niente pelo qual normalmente temos que esperar 9 meses e que agora está disponível seis meses por ano.

A piscina da Granja, moradia do New Faces, é para mim de excelente memória. Ali passei adolescentes e inesquecíveis verões azuis. Não se regressa a um local onde se foi feliz? Depende. Se for para comer bem, regressa-se onde tiver que ser.

A decoração é minimalista mas muito confortável, dominada pelo branco dos diferentes elementos e pelo mar como cenário de fundo. A música ambiente (quase em permanência Cat Power) é adequadíssima. E fuma-se. O serviço é extraordinariamente simpático, bom conselheiro e, coisa rara, dotado de um excelente humor.

Para couvert servem-me um delicioso pão morno, patés de azeitona com alho e de atum e um azeite com vinagre balsâmico trufado. Para amouse bouche oferecem-me ainda uma interessante quiche de frango e bacon.

Desprezando as atraentes propostas de carne no menu, cedo aos apelos marítimos. Inicio com uma sopa de peixe (dourada) com croutons (€ 8). A dourada vem quase crua e é cozinhada no caldo providenciado à parte. Excelente ideia. Para entrada oficial escolho o queijo de cabra em massa filo com maçã e frutos secos (€ 7,50). A dose de queijo, agasalhada em massa folhada estaladiça, era um pouco exagerada, o que torna a coisa um bocadinho pesada. Dos pratos principais selecciono duas provas: rodovalho com açorda de sapateira (€ 18) e o bacalhau no forno com broa (€ 17). A açorda, de intenso sabor, contém generosos pedaços de sapateira, e o fresquíssimo rodovalho repousa numa cama de lascas de alho francês e courgette. O bacalhau, polvilhado com broa, vem acompanhado por batata a murro e grelos (dispensáveis) e um puré de grão-de-bico com presunto (indispensável). Arriscando a morte por enfartamento, despeço-me de todos os meus amigos e empacoto uma mousse de chocolate branco com frutos silvestres e sorvete de framboesa (€ 7). Valeu o esforço.

E fica provado. É possível regressar a um local onde se foi feliz e, para lá da fatal e dolorosa nostalgia, ser feliz de novo. Oxalá, para sempre.

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New Faces * Piscinas da Granja - Rua Eng. José Rocha e Melo, n.º1 – Vila Nova de Gaia * Contacto: 220 926 899 * 12h30 às 15h e das 19h30 às 23h – Sex. e Sábado 24h (encerra Domingo ao jantar e 2.ª feira) * Preço médio: 45 € * Nota: 88%

Adiar o cadáver

Sou visitante assíduo do cemitério de Agramonte. Porquê? Três ordens de razões: sossego, meditação e boa comida. Calma. Não se trata de necrofagia. Acontece que na mesma rua existe uma casa onde se come que é um regalo.

A decoração é a típica de um snack-bar. Remodelado recentemente, a sala é dominada pelo verde e branco. À entrada uma sugestiva montra de carnes e peixes fresquinhos provoca-nos.

A recepção e atendimento são gentilíssimos. A lista de vinhos não é extensa mas cumpre os mínimos. Rissóis, bolinhos de bacalhau e chamuças são entretém imediato. Mas, no caso de quererem evitar os perigosos fritos, sugiro de entrada umas competentes amêijoas à bolhão pato (€ 10,50). Para prato principal, conhecendo a costela transmontana dos proprietários e a oferta de excepcional carne de origem barrosã, não há que hesitar. São várias as opções disponíveis para duas pessoas e todas de surpreendente qualidade: espetada transmontana (€ 19,50), posta de vitela à grelhador (€ 19) e o bife especial com gambas (€ 20,50). Opto pela última. A carne parece manteiga, mas o que a distingue mesmo é o sabor e textura que me remetem para memoráveis repastos em Trás-os-Montes. Os camarões que a acompanham são fresquíssimos e uma combinação perfeita. Uma mousse de chocolate caseira encerra o banquete em beleza.

Dizia Fernando Pessoa que o homem é um cadáver adiado. Esta casa é um positivo contributo para esse adiamento.

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O grelhador da Boavista * Rua da Meditação, 39 - Porto * Contacto: 226 091 440 * 09h00 às 24h * Preço médio: 20 € * Nota: 76%

22 março 2012

O meu SPA

Andava a adiar esta visita por me parecer ser um poiso mais indicado para o Verão. Mas, num Domingo triste, como quase todos os Domingos, deprimido por certas e determinadas coisas, resolvi seguir os conselhos do saudoso David Lopes Ramos e procurar compensação emocional num espaço com uma localização esplendorosa, confortável, decoração inspiradora, serviço simpático e uma cozinha requintada e criativa. Outra razão, mais prosaica, é que este é dos poucos restaurantes da cidade abertos ao Domingo à noite.

O Shis mora na praia do Ourigo, em plena Foz do Douro. Mesmo sem ter feito reserva, sou recebido com afável cortesia e colocado numa mesa junto à janela onde me é permitida uma ampla e relaxante contemplação do agitado Atlântico. Apesar do requinte e sofisticação, as cores neutras da sala e a leveza dos elementos decorativos (cortinados, candeeiros e mesas) permitem que o ambiente se mantenha bastante informal. A parede do fundo, espelhada, amplia agradavelmente o espaço. Cá fora existe uma esplanada, mais recomendada para o Verão mas que, porque aquecida, é um bom refúgio para os fumadores. Os adeptos do Sushi podem recorrer a um balcão específico para o efeito e têm ainda a possibilidade de take-away. Há música mas quase imperceptível, o que é muito bom.

O menu, um misto de cozinha portuguesa e mediterrânica, é vasto e prometedor. A lista de vinhos é infindável e a possibilidade de vários a copo sempre interessante.

Para couvert, duas opções de pão, das quais apenas temos direito a uma, e um paté de atum. Das entradas, selecciono o sumptuoso Kataifi de camarão (frito envolto em massa crocrante) com emulsão de coentros e lima (€ 11), sinceramente inesquecível, e as setas salteadas em caldo aromático com salsa e gema de ovo (€ 8), pesadotas mas bastante boas. Nos pratos principais fico com dúvidas, mas como é a carne que puxa carroça, e a minha anda um bocado emperrada, opto pelo tornedó com creme de trufas, cogumelos e foie gras fresco (€ 25). A carne é perfeita mas o destaque vai para o foie gras que ainda agora me faz crescer água na boca. Das sobremesas, e pela estranheza da coisa, peço o tiramisu de chá verde com biscoito de amêndoas e nozes (€ 8). Final muito feliz.

Haverá um ou outro restaurante ainda melhor na cidade? Talvez. Mas, com estas características de SPA gastronómico, capaz de satisfazer todos os sentidos contemporaneamente, penso que não.

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Shis * Praia do Ourigo – Esplanada do Castelo – Foz do Douro - Porto * Contacto: 226 189 593 * Todos os dias das 10h às 02h * Preço médio: 45 € * Nota: 95%

Não tem carta para mim

O Carteiro serve uma “receita” decorativa gasta e a pedir renovação. A sala é acolhedora, com mesas e cadeiras tipo tasco, simpáticas para a vista mas desconfortáveis para uma refeição. Nas paredes, reproduções fraquinhas de anúncios publicitários de outros tempos. Para dias mais quentes, existe uma pequena esplanada. Sou recebido com eficiência embora estranhem que não queira o prato do dia e peça o menu. O restaurante não está às moscas, mas parece. Dezenas de vibrantes exemplares povoam a sala. Quero acreditar que é resultado de terem as janelas abertas. Ao estudar o menu, assusto-me com os preços.

Começo por provar uma sopa de peixe (€ 2), que pecou por estar um bocado insossa. Das entradas, selecciono o queijo de cabra gratinado (€ 6,30). O acompanhamento é minimalista (alface e rúcula quase murchas e sem qualquer tipo de molho) e o queijo, polvilhado com pequenos pedaços de bacon, estava intragavelmente salgado. Nem com pão se salvou. Nos pratos principais, e para um teste mais exigente, evito as especialidades e decido pedir o arroz de polvo com filetes do mesmo (€ 13,50 meia-dose). Os filetes, embora minúsculos, eram razoáveis, mas o arroz, demasiado cozido e caldoso, sabia mais a tomate do que a polvo, cuja presença, de resto, não se fazia notar. Para sobremesa, sem ofertas de relevante interesse, experimento uma competente tarte de lima.

O carteiro toca sempre duas vezes. Eu não.

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O carteiro * Rua Senhor da boa morte, 55 - Porto * Contacto: 225 321 170 * 12h30 – 14h30 | 20h00 – 23h00 (encerra Domingo) * Preço médio: 30 € * Nota: 45%

15 março 2012

A saúde está primeiro

Quando a “ternura” dos quarenta nos ataca violentamente, a máxima de que “o que é preciso é saudinha” invade o quotidiano. Ultimamente dou por mim repetidas vezes a dizer, “haja saúde que o resto arranja-se”; a brindar “à nossa saúde”; e a perguntar “então essa saúde, como vai?”. Coisa de pessoas de uma certa idade, como dizia o meu avô, e que faz ainda mais sentido quando começamos a perder, com cada vez mais frequência, entes queridos.

Ora, um restaurante que afirma “a saúde está primeiro, almoce ou jante no Pombeiro”, não podia estar mais em linha com esta, chamemos-lhe assim, etapa descendente da minha vida.

A fachada do Pombeiro está repleta de rolhas e uma descrição histórica de porque é que os habitantes do Porto são “tripeiros”, pré-anunciando assim uma das mais famosas e galardoadas especialidades da casa.

O restaurante tem duas salas. A da entrada está decorada com vários adereços rústicos (rolhas e bengalas em destaque) e recados de clientes (alguns famosos) comprovando a sua satisfação. Sou recebido de forma afável e familiar e, por ser fumador, enviado directamente para a cave. Mas não significa desterro. Aí a decoração é menos exuberante mas igualmente acolhedora e o serviço continua a ser impecável.

A lista de vinhos é curtinha mas com boas opções, principalmente do Douro.

Enquanto estudo o menu e provo uma deliciosa bola, oferecem-me como miminho uns apetitosos folhados de carne desfiada, bem demonstrativos da gentileza de quem manda e serve nesta casa. Para entrada peço o folhado de brie com doce de arando e pinhões (€ 3,75) e os folhadinhos de alheira (€ 3,75). E começo a perceber melhor porque é que a Maria de Fátima Pereira chamam “rainha da massa folhada”.

Dos pratos principais selecciono duas iguarias: o bife guloso (€ 13,50) e o bacalhau crocante (€ 8). A carne do bife, envolta em estaladiça massa folhada, desfaz-se na boca e o sabor a roquefort conjugado com delicados pedaços de bacon faz o resto. Prato forte mas excelente. Quanto ao bacalhau, envolvo em – adivinhem! - massa folhada, apresenta-se desfiado e temperado com cúrcuma (açafrão da terra) o que lhe dá um gosto único e inesquecível.

Para sobremesa, aposto no tostadinho de chila (€ 3), uma espécie de crema catalana mas mais nutritiva (leia-se explosiva) e que inclui canela, chila e amêndoa.

Se saio com melhor saúde? Não sei. Mas saio com a certeza de que, ainda que periclitantemente, assim vale a pena viver.

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Pombeiro * Rua Capitão Pombeiro, 218 - Porto * Contacto: 225 097 446 * 12h – 23h (encerra Domingo) * Preço médio: 20 € * Nota: 85%

Mais um sobrinho

Toda os habitantes do Porto sabem que a Foz e arredores é lugar de tias. Mas nem todas são afectadas no falar e se tratam por você. Pelo menos a Tia Aninhas não é dessas.

Esta casa, aberta desde 1971, é uma referência para quem quer comer bem, rápido e barato. Basta chegar e, como manda a tradição, perguntar: o que é o tacho hoje?
Com duas salas rusticamente decoradas, toda a loiça é de barro (da marca “Tia Aninhas”). O serviço é impecavelmente correcto e, acima de tudo, rapidíssimo. Mas, tem de ser; aqui servem-se, em média, 120 almoços por dia!

A essa hora não há luta de classes e médicos, arquitectos e engenheiros, independentemente da indumentária, convivem à mesma mesa com operários, bancários, vendedores e, pasme-se, tios e tias da foz. Sinais dos tempos? Não sei, mas gostei.

Confesso que ia ao cheiro das pataniscas de bacalhau, um dos pratos mais afamados da casa. Ma a sua ausência não me atrapalha nada, até porque a restante oferta é igualmente estimulante. Depois de uma apetitosa sopa de nabiças, provo dois dos pratos do dia: marmotinhas de rabo na boca com arroz de feijão e massa à lavrador. Que dizer? O melhor e mais moderado elogio que posso fazer é que me senti de regresso a casa da minha avó e a uma cozinha hiper-saborosa. A mousse de chocolate caseira que fechou o repasto é prova dos nove disso mesmo.

Tia Aninhas: ganhou mais um sobrinho que lhe promete frequentes visitas e carinho eterno.

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Tia Aninhas * Rua Senhor da Boa Morte, 15 - Porto * Contacto: 226 162 850* 12h às 15h | 19h às 22h (encerra Domingo ao jantar) * Preço médio: 10 € * Nota: 75%

08 março 2012

Simples, rápido e bom

Quando a implacável inovação (maioria das vezes pura falcatrua) parece ser incontornável, é reconfortante saber onde ainda se pode comer algo simples mas genuinamente bom. Mais conhecido como Zé da Serra, a Regional de Camões é um desses locais.

Numa sala recentemente remodelada sempre cheia de convivas animados e barulhentos (frequentemente malta da bola), somos recebidos com gentileza por um serviço ultra rápido.

Embora à entrada se encontrem expostos exemplares de excelentes vinhos, a lista é curtíssima. Resignado, aceito o da casa fresquinho. Entradas? No menu, nada disso. Mais tarde sou informado que “só a pedido” e avisam-me que “não pago por falar”. Mas, honestamente, para que haveria eu de querer entradas e pechisbeques do género? O que eu queria era aquilo que toda a gente estava a comer babando lascivamente de prazer: filetes de pescada com arroz de feijão (€ 26 – dose para duas, quase três pessoas). São suculentos, revelando a frescura do peixe e um tempero de excelência com o polme e fritura no ponto. O arroz de feijão sabe a feijão e não a tomate como acontece frequentemente. Porque já não havia rabanadas, um ex-líbris da casa, termino com uma razoável mousse de chocolate.

Fazer o que é, ou parece, simples é quase sempre o mais difícil. Fazê-lo
ad eternum, em quantidade e rápido é uma raridade digna de merecidíssimo respeito. E muitos regressos.

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A regional de Camões – Zé da Serra * Rua Luis de Camões, 580 – Vila Nova de Gaia * Contacto: 223 796 785 * 12h30- 14h30 | 19h30 - 22h (encerra Domingo ao jantar) * Preço médio: 18 € * Nota: 70%

01 março 2012

Papa-tolos

Inicio esta crítica com um esclarecimento: não tenho o mais pequeno prazer em visitar e comer em maus restaurantes. Ainda que me paguem para exercer este ofício, o estômago continua a ser meu e, não conhecendo ninguém interessado na sua hipoteca, tenho mais é que o preservar o melhor possível de todas as ameaças. Mas, como dizia o grande cronista brasileiro Nelson Rodrigues, a vida é como ela é.

À entrada do Papaboa fazem-me esperar para beber um espumante de boas-vindas. Teria preferido que mo servisse na mesa que, de resto, se encontrava pronta e à minha disposição. A decoração é, como dizer, uma confusão. Entre o clássico sofisticado e o informal domina uma parede verde alface, tipo cadeia de fast-food, que praticamente cega os convivas. O atendimento é simpático e prestável mas os resultados desastrosos. Depois de seleccionar os pratos, espero imenso pela lista de vinhos e, depois de escolher, uma eternidade pela chegada do mesmo. De vez em quando um senhor pouco motivado toca umas composições num sintetizador a título de música ambiente ao vivo (morto?).

Das entradas, cujos nomes prometem, selecciono a empada de caça com maionese de mostarda velha (€ 4) e o queijo de cabra com figos secos e compota de cebola em massa folhada crocante (€ 5). Demoram e quase não chegam porque se enganaram nos pedidos e nas mesas. A empada era vulgar e sensaborona (a salada de alface que a acompanha nem a um grilo morto se deveria oferecer) e o queijo de cabra, sofrível, comia-se. Dos pratos principais peço o bacalhau confitado em vinho do Porto com legumes (€ 14,50). Para além de ter demorado quase 40 minutos a chegar, tratava-se de uma miserável posta de bacalhau cozido, pousada em azeite sem qualquer sabor. Ao reclamar e perguntar se sabiam o que queria dizer confitado, percebi tudo: o olhar e o silêncio do empregado delatava a inocente ignorância e clamava perdão por pecado alheio. Insistem para escolher outro prato mas, tendo em consideração as repetidas reclamações que ouvi de outras mesas, decidi não prolongar a dor. Por delicadeza (e pura fome!), aceito provar uma sobremesa designada como “maravilha das maravilhas” (€ 4). Finalmente alguma coisa boa mas que tenho quase a certeza que não veio das mãos que anteriormente tantos desastres produziram.

Em Ano Europeu da Cultura, ou em qualquer outro ano ou época histórica, Guimarães não merecia isto.

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Papaboa * Rua Capitão Alfredo Guimarães, 412 - Guimarães * Contacto: 93 677 4485 * 12h30 – 15h00 | 19h30 – 23h (encerra ao Domingo) * Preço médio: 35 € * Nota: 35%

Na Bolsa que não é lixo

O Palácio da Bolsa é um dos edifícios mais belos e mais visitados da Cidade Invicta. Mas alguém sabia que lá dentro se esconde um restaurante? E que, no caso desta Bolsa, ao invés de lixo, encontramos luxo? Sigam-me.

A decoração do Comercial é sóbria mas requintada. Uma sala com um pé direito altíssimo, paredes de granito, abóbadas, azulejos de época e mobiliário antigo são os principais elementos deste espaço intimista mas muito confortável.

O serviço é cordial. A lista de vinhos não é grande mas contém excelentes opções. O couvert inclui uma apetitosa pasta de atum e duas provas de azeite. Da lista de entradas selecciono o folhado de morcela e queijo chévre (€ 8) e o carpaccio de novilho com molho pesto, rúcula e queijo da ilha (€ 10). O folhado tem um sabor e odor demasiado fortes que não são para todos os palatos. Já o carpaccio estava delicioso. Para pratos principais opto pelo bastante recomendável fillet mignon com recheio de fois gras em trouxa crocante, salteado de cogumelos e feijão verde (€ 24) e o tenríssimo polvo aromatizado com ervas e migas à bolhão pato (€ 18) - uma excelente combinação com destaque para as soberbas migas. De sobremesa delicio-me com uma torta de laranja com puré de morango e sorvete de tangerina (€ 7).

Só é pena que o Comercial, apesar de viver onde vive, não seja para todas as bolsas.

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O Comercial * Palácio da Bolsa – Rua Ferreira Borges - Porto * Contacto: 223 322 019 * Seg. a Sex. 12h30 – 15h00 | 19h30 – 23h (Sex. e Sáb. 24h - encerra ao Domingo) * Preço médio: 45 € * Nota: 86%